Nossa História

Eu lembro como se fosse ontem, mas a verdade é que já se passaram 10 anos! Conheci o Hugo, meu querido Hugolino, em um show espírita, em outubro de 2002 – show em homenagem ao meu falecido avô Lúcio de Abreu. Após o show, eu e o Hugolino fomos convidados pela minha irmã Tatiana e minha prima Sheila para comermos doces na Momo Confeitaria. Apesar dos olhares e sorrisos que trocamos, ficamos somente encantados um com o outro naquela noite.

Eu e o Hugo nos reencontramos em uma festa de Réveillon, na casa de minha prima Sheila. Participamos do culto do ano novo, comemos, bebemos e conversamos como se, no mundo, só existissem nós dois. O pretexto para a primeira conversa foi algo em comum, lentes de contato, grau e miopia. Daí por diante não paramos mais! O bom dessa festa foi que o Hugo, sem saber do futuro, conheceu toda a minha família, inclusive sua sogra e seu sogro! No final da festa, fomos convidados pela minha irmã e minha prima para viajarmos para Barbacena no dia seguinte, 1º. de janeiro de 2003.

O Hugolino nos convidou para almoçarmos na casa dele antes de viajarmos e minha prima, minha irmã e eu fomos. Neste dia, também conheci, até então, meus futuros cunhados, sogra e sogro. Viajamos utilizando dois carros e, mais outro pequeno empurrãozinho da Tati e da Sheila, eu e o Hugo viajamos no mesmo carro. Durante o caminho, conversamos de tudo e mais um pouco, como qual a comida predileta, Leis de Newton, a novela das oito, montanhas do caminho, ex-namorados, como fazer uma batata frita sequinha, vida após a morte, família e por aí foi... Fomos para Barbacena amigos e voltamos namorados.

A verdade é que, quando eu e o Hugo nos conhecemos, o universo conspirou a nosso favor. Todas as felizes coincidências e também as infelizes não significam frutos da sorte ou do azar. Nada nesta vida é por acaso, pois estamos com as pessoas escolhidas, no lugar certo e na hora exata, tudo minunciosamente planejado por Deus para sermos felizes!

Foi na virada do ano.

Que vieram a se encontrar,

Ela fingindo e tentando

Esconder a alegria no olhar.

Enquanto faziam a oração,

Ela estava a admirar

Ele, que envolvido na meditação,

Fechava os olhos para orar.

Depois da refeição

E da sobremesa a deliciar,

Conversaram com afeição

sobre lente e globo ocular.

O convite feito pelas amigas

Ansiosas a esperar,

Se ela de pronto iria

com ele viajar.

Depois de tudo combinado,

Um convite para ela almoçar

na casa do futuro namorado,

sem que os dois pudessem imaginar.

Pelo caminho esburacado,

Contentes a tagarelar,

Falando coisas sobre o passado

Que puderam apreciar.

Mal sabiam os dois pombinhos,

Que uma linda história iria começar,

De muito amor e muito carinho,

Que nem esses versos podem contar.

Mariana Iole (02/12/2003)